junho 30, 2009

O que dá sentido a vida

Li o que segue em um blog* e achei interessante compartilhar.
Pode ser no mínimo enriquecedor refletir sobre a construção de sentido dado a construção de outrem.
Esse texto pode parecer bobo para os que sempre buscam o que há de mais complexo para se discutir e compreender, mas podemos considerar nesse caso, se o valor da coisa não depende dos olhos que apreende. Segue:

O que dá sentido a vida

"Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar.Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."

*Blog: Espaço do bem -estar

Outras referências: Cora Coralina

Para saber mais sobre Cora Coralina

O que escolho ser no momento que estou

É dito e visto na contemporaneidade um modo de viver cada vez mais frenético.
As experiências no cotidiano, quando se dão, ocorrem apenas num sentido mais restrito, associado muitas vezes ao sentido de ação e realização de algo. E assim, em detrimento de um bem viver, de uma vida mais agradável e saudável, não se vive experiências simples que poderiam ser realmente transformadoras.
Quantos de nós já não nos deliciamos com o sorriso de uma criança, com uma flor ou uma árvore frondosa, ou ainda, com os atos que julgamos heróicos, nosso ou de outrem em tempo pretérito.
Sim, creio que esse “deliciar” possa ser entendido como uma autentica experiência a qual nos colocamos e sentimos de corpo e alma junto ao conhecimento. Seria isso sentir e refletir sobre as coisas, sobre nós mesmos, sobre o que vemos e o que sentimos.
Não me refiro a um conhecimento de fora, algo adquirido por transmissão, mas sim a um conhecimento do que acontece em nós a partir de uma vivencia criativa, junto a um conhecimento do modo com estamos e nos relacionamos; do que desejamos e, das coisas e dos momentos que valorizamos.
A partir do que se valoriza na contemporaneidade: do individualismo, da corrida ao ouro, dos intermináveis e incansáveis processos que nos habilitam, ao menos teoricamente, para suportar e vencer os outros e a nós mesmos; vê-se, em ultima instância, inúmeras distorções acerca do que poderia ser benéfico para o nosso modo de viver.
Será que nos fazemos, e nos tornamos escravos de nossas fantasias em tempo integral?
Contudo, deixo uma outra questão para refletirmos.
E nós, o que fazemos de nós, o que valorizamos no momento presente, o que desejamos e o que fazemos conosco e com os que nos rodeiam? Somos ou estamos realmente a favor de nós em busca de uma vida menos sofrida?

[quase sempre as perguntas nos são mais caras que as respostas]